SE A VIDA LHE DER AS COSTAS, PASSE A MÃO NA BUNDA DELA - PARTE 1

Pense num dia maravilhoso...

Tarde de terça-feira, 28 de outubro.

Eu estava de folga no dia seguinte, bateu um estalo e chamei meu amigo Fabio para fazermos um bate volta até Ipirá. Minha amiga do peito Mj já estava lá. Por coincidência é irmã deste elemento e come água comigo também.

O sistema era o seguinte: A gente iria, beberíamos lá até estoporar, iríamos para a feira no dia seguinte, e traríamos a elementa que etária cheia de comprar enviadas pela mãe dela.

Beleza. Consegui um hábeas corpus e pegamos a pista, literalmente.

Cara que viagem deliciosa e doida da porra foi essa?

Primeiro que para sairmos de casa, levou quase 10 minutos, porque toda hora voltávamos pra pegar algo. Botei o dinheiro que tinha na mão pra comer água, no bolso e peguei o cartão de débito pra pagar o combustível do carro no débito automático.

Paramos no posto. O frentista abastece o bat-móvel (enche o tanque até o talo), passa o cartão na maquininha de débito em conta e me manda digitar a senha. E o jumento aqui esquece a senha. Isso mesmo. Esqueci a porra da senha! Eu até tinha ela gravada no celular, mas perdi aquela desgraça e a senha foi junto. E agora? Paguei em dinheiro, claro. Só que agora só tinha na mão o suficiente para a volta, mas e a cana lá? Resolvi que até lá eu lembraria da senha e sacaria o dinheiro no banco da cidade. Eu tinha que lembrar a senha senão seria bico seco.

Pegamos a BR 324.

Cara! Chegando após os canaviais depois do viaduto de Santo Amaro, simplesmente fomos acompanhando um dos mais belos pores do sol que já tinha visto. O céu num misto de dourado e vermelho. Uma coisa linda. Parecendo aqueles murais dos Testemunhas de Jeová.

Passamos por fora de Feira de Santana e saímos na 116. Fabinho então sugeriu que parássemos num posto da BR 116 para saborearmos uma farofa de carne de sertão.

Paramos. Que delícia!!! Com uma coca gelada. Só faltou uma skol, mas na estrada? Nem em sonho, deixa estar que lá em Ipirá a gente carca o dente.

Pegamos a estrada do Feijão. O breu já tomava conta de tudo. Só o farol do carro e um ou outro carro que cruzava com a gente. Estrada perigosa. Alto índice de assaltos.
Chegamos em Ipirá.

Muito bom rever dona D e Mosaico, pais desses dois elementos.

Após um café com beijíves, bolo, pão e não sei mais o que, rua.

Encontramos Cássio, o maior putanheiro que já conheci. O cara que entrou no brega com R$ 500 e ainda saiu devendo R$ 750 acompanhado de uma morena muito simpática. Tenho que chamá-la assim porque se eu botar aqui que a mulher era uma delícia com uns coxão da porra e um par de peitos feitos a mão, no mínimo vou ficar 6 meses dormindo no sofá.

Primeiro fomos prum barzinho na porta de um cara. Um churrasquinho que Cássio disse ser uma delícia. Como eu estava de dieta líquida, não quis provar o churrasco.

No auge da gelosa rolou um arranca-rabo via Embratel, mas não posso comentar. Meu adevogado disse que só devo falar em juízo.

Dalí fomos para outro bar. Bebemos até umas 2 da manhã quando o dono do estabelecimento gentilmente mandou a gente partir a mil.

CAssio se mandou com a morena, levamos MJ pra casa e saímos “em busca da cerveja perdida”.

Agora pense... 2 da manhã. Onde é que teria bar aberto numa cidade do interior num dia de quarta feira qualquer?

Na saída da cidade encontramos o único local aberto. Um bar do lado do posto de gasolina. Um frio do caralho. Coloquei minha jaqueta e meu gorro do Bahia. Sabe aqueles gorros de marginal?

No bar haviam três homens numa mesa, uma mulher derrubada, um travecoo, três caras encostados numas motos, depois percebi que era ponto de moto-taxi (agora me diz: quem iria pegar mototaxi às 3 da manhã?), um coroa meio surdo que era o garçom e a dona do estabelecimento.

Depois que ficamos sabendo que ali era o brega da cidade.

Agora, na moral, QUE BREGA F*DIDO DA PORRA ERA AQUELE? Tá bom que a gente foi só pra beber, mas, porra, brega que se preze tem que ter mulher. Lá só tinha um monstro e um traveco. Fica aqui o meu protesto pro prefeito de Ipirá. VAMOS MELHORAR O BREGA DA CIDADE, VELHO.

Chega um amigo de Fabio. Amigo de infância. Acho que eles trocavam, sabe? Figurinhas do Jaspion!!!. Porra. Que povo maldoso.

Depois descobrimos que esse amigo, depois que cresceu, estava envolvido com algumas pessoas de não muito boa índole.

Ah! Os caras que estavam no ponto de mototaxi também eram, digamos, sabe?.... entendeu?

E pra acabar de fuder tudo, estavam pensando que éramos policiais. Éramos não, que eu era. E civil ainda por cima. Tivemos que tomar uma com eles pra convencê-los. Com o c* na mão, resolvemos cair fora.

Compramos mais umas latinhas, colocamos num saco plástico e rumamos pra casa.

Amanhã era dia de feira.