Desrespeito e amadorismo. Assim podemos definir o tratamento da GOL LINHAS AÉREAS conosco que éramos passageiros do vôo 1807 que sairia ontem às 14:20 de Aracajú para Salvador.
Começamos a notar que havia algo de errado, porque já estávamos na sala de embarque, o monitor mostrava que a aeronave tinha pousado, mas não a víamos. Perguntávamos aos funcionários e eles diziam que o avião estava parado mais "pra cima". Somente depois de meia hora, quando o avião chegou no pátio rebocado por um trator é que o funcionário da GOL anunciou no alto falante que, durante o pouso, um urubú teria entrado na turbina e que, a princípio, o avião passaria por uma vistoria para ver se ele teria condições de voltar para Salvador.
Apartir daí, o que se viu foram funcionários andando de lado para outro feito baratas tontas e que não sabiam informar nada.
Mandaram que saíssemos da sala de embarque e voltássemos para o balcão do check-in novamente. E aí começou um jogo de empurra. O pessoal do balcão mandava ir pra loja da GOL em frente, a funcionária da loja sem saber o que fazer, mandava que fôssemos de volta para o balcão.
Depois de uma hora sem saber o que fazer, os passageiros começaram a se revoltar com a falta de informação. Questionei a disponibilidade por parte deles, de telefone e internet , como orienta a ANAC em caso de atrasos e obtive a resposta de que ele não sabiam que telefone poderiamos usar.
Os funcionários da GOL então passaram a informar que o avião voaria às 16:20 e essa informação foi colocada nos paineis com o status de "confirmado". Só que às 16:30, a informação nos painéis mudou para "atrasado". Questionados, os funcionários da GOL colocavam a culpa na Infraero, dizendo que as informações do painel eram de responsabilidade deles (apesar do painel mostrar uma mensagem dizendo que todas as informações constantes alí eram de responsabilidade das empresas aéreas).
Quando finalmente resolveram admitir que o avião não sairia, os funcionários mandaram que fôssemos definitivamente para a loja da GOL para remarcar a passagem para hoje ou quem quisesse poderia ir para Salvador ontem mesmo só que de microônibus. Essa demora em definir se o avião ficaria pronto ou não, fez com que perdêssemos a chance de sermos relocados num vôo da TAM que saiu naquela mesma tarde.
A fila na loja da GOL foi a instalação definitiva do caos, pois apenas uma funcionária fazia o atendimento. O atendimento de cada pessoa levava pelo menos meia hora, já que ela parecia não saber o que fazer e a toda hora pedia ajuda por um rádio. A informação que ela dava era a clássica desculpa esfarrapada de que "o sistema estava lento". Um homem que parecia ser supervisor da GOL ou algo parecido, quando questionado sobre o fato de ter apenas uma funcionária para atender à todos, se limitou a dizer que "não havia funcionários suficiente" e que ele não poderia fazer nada.
Como só havia esta única atendente, não houve respeito a prioridade de idosos, gestantes e crianças de colo. Inclusive havia uma criança cadeirante com paralisia cerebral que ficou na fila e outra que ardia em febre.
Somente às 19:30 (cinco horas após o horário marcado para o embarque) é que o último passageiro conseguiu sair do aeroporto rumo ao hotel disponibilizado pela GOL. Alguns foram relocados no vôo da TAM pela manhã, outros na TRIP, na própria GOL e outros que não podiam esperar, voltaram para Salvador em dois microônibus colocados pela GOL.