RESENHA DO CARNAVAL

Sábado - Barra.

Já dizia o cantor Falcão: "Eu sei que a burguesia fede mas tem dinheiro pra comprar perfume". Hoje foi nosso dia de burguês. Fui para um camarote. E Open Bar, a porra.

O povo desorienta com esse negócio de Open Bar. Nunca ví tanta fubúia em minha vida. Quando entrei, meu fígado contraiu de medo. Notei que as pessoas bebem como se o mundo fosse acabar na manhã seguinte. E eu pensando: "Se no Open Bar é assim, imagine no "All Inclusive"?

Hoje os camarotes parecem com aqueles transatlânticos. Se você quiser, sequer v6e um trio elétrico passando na rua de tanta atração e entretenimento que tem nessas mine cidades. Só acho foda o Dj. Colocam o som muito alto. E aquele bate estaca no ouvido a noite toda é foda.

Outra coisa que notei é que algumas pessoas simplesmente se apossam da varanda e querem ficar alí a noite toda. Mesmo quando saem por algum motivo, na volta, querem ficar na frente de todos como se fosse cadeira cativa (e isso eu vi nos dois camarotes que eu fui - um mais caro e um mais barato).

Notei também que algumas pessoas tem o ar soberbo para quem está embaixo, na rua. Olham com uma cara tipo "Ei seus pobres. Estou aqui no luxo e vocês aí embaixo".

E por fim, coitados dos porteiros. É a noite toda tendo um trabalho danado para controlar os penetras, os bêbados e os que chegam com a famosa frase: "Você sabe com quem está falando?"