Todos já devem ter ouvido falar no filme "Cinderela Baiana", estrelado por ninguém menos que Carla Perez.
Na história, Carla é uma menina pobre que sai todos os dias de sua casa na periferia de Salvador para tentar ganhar uma grana no Pelourinho enquanto sonha ser uma dançarina de pagode.
No final ela encontra seu príncipe encantado, Alexandre Pires e vivem felizes para sempre.
Estamos loucos pra encontrar esse filme para assistí-lo na íntegra, pois, segundo quem já viu, é a maior bizarrice já produzida pelo cinema nacional.
Para instigar vocês, segue a parte final do filme.
Só por este final, dá pra ter uma idéia do quanto psicodélico parece ser o filme.
Após ficar rica, Carla Perez encontra um grupo de crianças tapando buracos numa estrada (na verdade é uma rua abandonada atrás das dunas do Abaeté, tanto que passa um avião baixo no fundo, pousando no Aeroporto de Salvador).
Aí ela pára o carro e faz um discurso para mudar a vida de todos. Fala das crianças "que deveriam estar brincando ou estudando e não jogadas na estrada em busca de míseros trocados", dos passarinhos que assim como as crianças "tem o direito de serem livres" (como assim? Vamos deixar as crianças pelas ruas fazendo o que quiserem?) e das campanhas demagógicas "que não ajudam as crianças que precisam de proteção, amor e paz".
E fecha com chave de ouro dançando “pau que nasce torto nunca se endireita" enquanto a cena vai se enchendo de gente que saiu não sei de onde.
Resumindo: Em apenas 3 minutos, Carla Perez mostrou o valor do Estatuto da Criança e do Adolescente, a importância da preservação ambiental, o valor da fé, o valor da alma humana e o valor de meter em cima e embaixo.