MINHA VIDA É ANDAR POR ESTE PAÍS - DIÁRIO DE BORDO - PARTE 1

Como minha genitora estava em Simão Dias e a viagem pela empresa Bomfim não foi nada auspiciosa (veja nota do dia 05/07), resolvi buscá-la e já que iria passar pelas terras paternas que não eram visitadas há tempos, resolvi matar dois coelhos com uma badogada só. Botei o velho no carro e pegamos a estrada. E claro que essa pequena viagem vai se tornar um pequeno diário de bordo para deleite de vocês.

Optei pela linha verde que é uma maravilha, mas com muita chuva. Como saímos ainda de madrugada, não pudemos apreciar a paisagem já que estava tudo escuro. Luz do sol somente quando já estávamos na fronteira dos estados da Bahia e Sergipe. Mas deu pra pegar um nascre do sol mágico.

Entramos no estado de Sergipe pela cidade de Indiaroba e paramos pra tomar um café da manhã num restaurante anexo ao posto de gasolina da cidade.

Lugar limpo e honesto. No cardápio, macaxeira com carne do sol, ovos, pão, café com leite de vaca e cuscuz. E isso tudo por dez rau. Não vou mentir que quando a mulher falou que era macaxeira, pensei: "Será que essa porra é venenosa?". Mas quando veio o prato ví que era o bom e velho aimpim (é que do lado de lá da fronteira tem outro nome.

Seguimos viagem. A paisagem se resume a muito verde e fazendas. E um detalhe curioso. Naquela região o asfalto é branco. De noite deve ser estranho dirigir por alí. E uma coisa que falta nas estradas da Bahia, placas de sinalização. Tem placa até pra indicar coqueiros na beira da pista.

Alías, falando em asfalto, não bastava Aracajú ter uma orla mais bonita que a da nossa Salvador. Não bastava ter serviço de atendimento em bares, melhores que os nossos. Não bastava ter as cidades do interior mais limpas e organizadas que as nossas. Os sergipanos humilham na conservação das estradas. Asfaltamento impecável.

Para se ter idéia, saindo da cidade de Simão Dias e rodando apenas 3 minutos, entramos no município baiano de Paripiranga. Até a fronteira sergipana, o asfalto está um brinco. Já da fronteira pra cá...

Seguimos por Estância, Boquim e chegamos em Simão Dias.

Beijo demorado e abraço gostoso que só mãe dá, um banho revigorante, comida no bucho e cama. Mais tarde vou explorar os recantos de Simão Dias.