Carioca nascida em 1929, a atriz foi batizada como Arlette Pinheiro Esteves da Silva. O nome artístico foi adotado para assinar os programais culturais que produzia na Rádio do Ministério da Educação e Cultura, onde começou sua carreira.
Radialista formada na Rádio do MEC, Fernanda Montenegro iniciou-se na carreira artística como locutora, apresentando uma programação musical e sobre literatura brasileira.
Em 1950, aos 21, fez um papel pequeno em "Altitude 3.200", atuação que lhe rendeu o convite à televisão.
No teatro, a atriz se apresentou pela primeira vez aos 8 anos em uma peça montada na paróquia que frequentava com a família no subúrbio do Rio.
Com 16 anos, fez um papel pequeno num criado por colegas da faculdade de Direito. Após outras montagens encenadas no Rio, Fernada juntou-se aos Artistas Unidos e, em 1954, chegou em São Paulo, onde ficou até 1959.
No cinema, participou de filmes como "A Falecida", "Pecado Mortal", "Eles Não Usam Black Tie", "O Que é Isso, Companheiro?" e "Central do Brasil", filme que lhe rendeu a indicação ao Oscar.
Entrevistada recentemente durante o Festival do Paraná, Fernada Montenegro disse que não se considera uma pioneira, mas que sua indicação "se trata apenas de um fenômeno isolado"."Foi um momento muito lindo, mas não existe obrigação para que o fenômeno se repita. Além disso, não teria nem tempo para viver isso de novo", afirmou.
Aos 80 anos, Fernanda tem em sua carreira quase 60 anos de trabalho no teatro e na TV, mais de 200 teleteatros, 56 peças, 20 novelas e 16 filmes.
Parabéns Fernanda.
