A Bahia é famosa pela sua culinária. E o carro chefe é o acarajé, desejado por muitos e temido por vários que sucumbiram no trono à sua fúria dendêzística (porra... nem Tom Zé no auge da Tropicália escreveria uma merda dessas).
Seu irmão próximo é o abará. Bolinho feito com quase os mesmos ingredientes e que tem como grande diferença, o fato de ser cozido envolto em folhas de banana enquanto o acarajé é frito no azeite de dendê.
Por que estamos falando isso? Essa introdução toda é porque o baiano não aguenta apenas ser destaque, ele quer botar pra fuder de vez.
Encontramos em Salvador um abará de um quilo.
Sim senhoras e senhores, nesta capital fundada por Tomé de Souza, tem uma baiana que vende um abará que completo, pesa um quilo. Na verdade, mais de um quilo.
Agora me respondam: QUEM É O MALUCO QUE VAI COMER UM ABARÁ DE UM QUILO ANTES DE DORMIR?
Sabendo disso fomos atrás desta monstruosidade.
O "tabuleiro" dessa baiana (que não descobrimos o nome) fica na garagem de uma casa localizada na ladeira de São Cristóvão, aquela ladeira que liga a Liberdade ao Largo do Tanque e que tem uma curva fechada lá embaixo. Descemos a ladeira e encontramos o local. Só que tem um problema. Não é só chegar e comprar. Tem toda uma putaria em torno.
O tabuleiro só funciona depois das 22:00. No dia em que fomos disseram que só abriria às 23:00;
Por volta de uma hora antes vai se formando a fila dos clientes. A fila é enorme;
Tem dias que abre mais tarde, como neste dia em que fomos;
Não funciona por muito tempo. Se você chegar tarde corre o risco de não encontrar, mesmo estando na fila;
Não adianta reclamar, aparentemente a baiana tá pouco se fudendo se você veio de longe ou se já está tarde.
Infelizmente, esperamos até às 23:30 e a garagem não abriu, apesar da movimentação lá dentro.
Voltaremos outro dia.