AMANDO. DO CÃO

O prefeito de Salvador, João Henrique tava virado na porra. Em entrevista à Agência Brasil, o prefeito acusou o governo do Estado de não colaborar com a organização do Carnaval e provocou uma crise política que também teve desdobramento no DEM – o mais novo aliado de João na prefeitura –, no PSDB e nas Associações de Blocos de Trios (ABT) e Blocos Independentes (ABTI).
João disse que não teve ajuda de nenhum dos governadores – Paulo Souto (DEM) e Jaques Wagner (PT) – e que recebeu de seu antecessor, o ex-prefeito Antônio Imbassahy (ex-PFL, agora no PSDSB), um “modelo péssimo de gerenciamento do Carnaval, extremamente deficiente”.
Na entrevista concedida à jornalista Luciana Lima, na última quarta-feira, quando participou em Brasília do Encontro de Prefeitos com o presidente Lula, João Henrique queixou-se do tratamento a ele dispensado pelos governadores baianos. “Nem o primeiro governador (Paulo Souto) me ajudou e nem o atual (Jaques Wagner) me ajuda, como o governador do DEM (Paulo Souto) ajudava o prefeito do DEM (Antônio Imbassahy), que praticamente cobria todas as despesas do meu antecessor”.

Mas não foi só isso. O prefeito disse: “A gente deixa de pagar a merenda escolar, os remédios dos postos de saúde, para pagar as despesas do Carnaval".

Claro que os citados retaram. As afirmações do prefeito deixaram indignados o governador Jaques Wagner, que considerou um absurdo as declarações (leia abaixo), e o ex-prefeito Antônio Imbassahy, que definiu como “irresponsabilidade” de João a opção de não pagar a merenda escolar e o fornecimento de remédios para fazer caixa para o Carnaval. “Um bom gestor público tem que fazer provisões para fazer uma boa administração. Se ele está fazendo isso, é uma irresponsabilidade”, disse o tucano. Imbassahy falou, ainda, que o prefeito está faltando com a verdade quando diz que na sua gestão o Carnaval era bancado pelo governo Paulo Souto. “É mentira dele”, reagiu o ex-prefeito, informando que o ex-governador, na sua gestão, garantia a segurança pública e dava uma ajuda direta de cerca de R$ 2,5 milhões. Mas que a prefeitura assumia os gastos com limpeza pública, iluminação, saúde, fiscalização etc. O ex-governador Paulo Souto, disse que a verdade será restabelecida. A TARDE quis ouvir o prefeito, na quinta-feira, 12, mas sua assessoria disse que divulgaria nota, mais tarde negada. O secretário da Saúde, José Carlos Brito, afirmou “que não está sendo desviado dinheiro da Saúde para o Carnaval, e que os recursos são para os serviços de saúde durante a festa”.

Putaria à parte, só não mexam na gostosa da Ivete.